Gestão Alckmin adotou onda de sigilos em SP, prática criticada por Lula contra Bolsonaro

O candidato a vice-presidente argumenta ter revogado as decisões, impostas pelas secretarias de seu governo, assim que soube das medidas pela imprensa

Vice na chapa de Lula, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB) teve sua gestão como pioneira no uso do sigilo de dados públicos, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo. A prática tem sido duramente criticada pelo ex-presidente e candidato, Luiz Inácio Lula da Silva, na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL). O petista prometeu um “revogaço” dos decretos de segredo de informações, uma prática recorrente no atual governo.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Alckmin argumenta ter revogado as decisões, impostas pelas secretarias de seu governo, assim que soube das medidas pela imprensa. O caso mais ruidoso foi o sigilo de 25 anos sobre documentos do transporte público, uma das vidraças do PSDB. O assunto gerou questionamentos de TCE (Tribunal de Contas do Estado), Ministério Público e rivais políticos.

À época, o PT publicou texto dizendo que a decisão era “tirana” e que o então tucano “decidiu esconder da população as falhas do transporte”, além de uma ilustração do “cofre do Alckmin”.

Agora, Lula tem feito críticas recorrentes aos sigilos impostos por Bolsonaro, seu principal adversário no pleito presidencial. “Eu poderia fazer decreto de cem anos. Sabe decreto de sigilo que está na moda agora? Poderia não apurar nada e colocar decreto de cem anos de sigilo para o Pazuello, para os meus filhos, para os meus assessores. Ou poderia não investigar”, afirmou em entrevista ao Jornal Nacional.