Previsão é de que Hospital Materno/Infantil comece suas atividades no dia 26 de novembro; serão 105 leitos, 35 deles de tipo UTIs
Para obter mais informações quanto às providências em curso para o efetivo funcionamento do Hospital Materno/Infantil em Ilhéus, no litoral sul do Estado, a Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE/BA) se reuniu com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) nesta terça-feira, 16. Oficialmente inaugurado em março deste ano, até o momento o equipamento não está operando efetivamente no município que enfrenta uma demanda reprimida por assistência neonatal e parto.
No encontro na sede administrativa da Sesab, os coordenadores do Núcleo de Integração da DPE/BA na área cível, Gil Braga e Cristina Ulm, foram recepcionados pela secretária de Saúde, Tereza Cristina Paim, para tratar da questão. “Fomos muito bem acolhidos. Todas as dúvidas foram esclarecidas. A questão é importante porque, inclusive, vem gerando uma judicialização de internamentos neonatais”, comentou o defensor público Gil Braga.
De acordo com a Sesab o equipamento será administrado pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF-SUS) e já tem data para funcionamento ativo: dia 26 de novembro. “Serão 105 leitos, 35 deles de diferentes Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Saímos muito satisfeitos de saber que o Hospital estará bem equipado e estruturado para atender a região”, observou a defensora pública Cristina Ulm.
Atualmente o serviço público de maternidade em Ilhéus é mantido apenas por uma maternidade privada, a Maternidade Santa Helena, que presta serviço ao Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, há um grande déficit na oferta de vagas e UTIs em casos que inspiram mais cuidados e urgências. Em casos de partos prematuros extremos, por exemplo, as gestantes precisam de protocolos de regulação para serem encaminhadas para atendimento em Itabuna.
De acordo com a defensora pública Luanna Lira Ramalho, que atua no Grupo de Trabalho Direitos Sexuais e Reprodutivos Ilhéus/Itabuna, o funcionamento do Hospital Materno/Infantil é fundamental para sanar os problemas na região, já que o déficit de oferta em um deles tem impacto direto no outro.
“O pleno funcionamento desta maternidade, com as necessárias unidades de UTIs, promoverá melhorias na assistência ao parto na cidade e região. A assistência à mulher e à criança estão hoje numa condição bem deficitária. Há uma esperança muito grande pelo funcionamento do espaço, já que há necessidade e ela é mais do que urgente”, aponta Luanna Lira.