A recuperação ambiental do Rio Cachoeira foi o tema do 1º Encontro para debater propostas sobre a Bacia Hidrográfica foi aberto na terça-feira, 31. O evento promovido pela Prefeitura de Itabuna aconteceu no auditório da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) contando com a participação de representantes da empresa dinamarquesa Ramboll que desenvolve no Brasil programas de recuperação do meio ambiente, e técnicos de diversas instituições.
Os debates foram conduzidos pela secretária municipal de Planejamento, Sônia Fontes, que representou o prefeito Augusto Castro (PSD). “Esse já é um projeto a ser consolidado. Hoje vamos iniciar como esse trabalho será executado. Itabuna é parte dessa bacia hidrográfica do Rio Cachoeira”, disse.
O presidente da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa), Raymundo Mendes Filho, destacou que os dois dias serão destinados a conhecer as estratégias da Ramboll para que ela possa conhecer o que a Emasa já têm de projetos desenvolvidos. “Hoje já temos uma agenda, onde vamos apresentar os projetos concluídos ou em fase final. Entre os projetos, está a implantação estação de captação de esgoto sanitário a tempo seco na região central da cidade,” afirmou.
Ele reforçou a importância do apoio da empresa dinamarquesa na despoluição do Rio Cachoeira. “É uma empresa de reconhecimento internacional. Para nós é um orgulho ter esse grupo nos ajudando a despoluir o rio”, reforçou.
Na terça-feira foram feitas várias intervenções, a exemplo das falas do secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Moacir Smith Lima, da representante da Uesc, professora Acácia Pinho, do presidente do Comitê de Bacias do Leste e assessor técnico da Emasa, Anderson Alves, e do memorialista e ex-vice-prefeito de Ilhéus, José Nazal Pacheco Soub. Todos defenderam ações de recuperação da Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira, a união dos municípios e a destinação de recursos.
Para a gerente de planejamento Urbano da Ramboll, a arquiteta Alejandra Devecchi, um dos caminhos para a despoluir a Bacia do Rio Cachoeira seria a renaturalização do meio ambiente e o bom convívio com a água. Para isso, a água precisa estar limpa. “A principal ação consiste em recuperar matas ciliares, investindo nas reservas legais das propriedades. É algo muito simples, mas é a partir daí que começam as mudanças na área rural”, avaliou.
Ela disse ainda que os proprietários rurais já têm recursos para despoluir o rio. Cada um deles é obrigado por lei a recuperar pelo menos 20% da área com mata. “Acho que é necessário que todos trabalhem e tenham a sensação de pertencimento”, declarou.
A Ramboll atua em 75 países e foi trazida a Itabuna pela empresa Portal Santo Agostinho, que trabalha com soluções urbanísticas. Na avaliação dos técnicos da dinamarquesa parte da poluição dos rios vem de detritos da área rural, principalmente onde há criação de gado. Sobre o apoio dos agricultores, a empresa atesta que já existe um o Cadastro Ambiental Rural, que obriga aos agricultores manter as florestas preservadas. Mas é preciso diálogo.