Os entulhos da maioria dos 20 bairros da cidade, afetados pela cheia do Rio Cachoeira e pelas chuvas da última semana de dezembro de 2021, já foram retirados por uma verdadeira Operação de Guerra, montada pela Prefeitura de Itabuna para atuar em diferentes áreas. Com uma Força-Tarefa com 300 homens, 45 caçambas, 15 retroescavadeiras e duas pás carregadeiras, o trabalho está sendo exitoso.
“Nos bairros Novo Jaçanã, Vila Anália, Sarinha Alcântara, Gogó da Ema, Maria Matos (Rua de Palha), Ferradas e Urbis IV já retiramos todo o entulho. O próximo passo será a lavagem e sanitização desses locais”, informa o diretor do Departamento de Limpeza da Superintendência de Serviços Públicos da Secretaria de Infraestrutura, Lázaro Pellegrini.
Nesta quarta-feira, dia 5, a operação se concentrou na remoção de entulho lançados pela população e voluntários, pessoas físicas e jurídicas em pontos isolados como a Rua Fernando Gomes, no Sarinha Alcântara, nas proximidades da Usemi, e no Bairro Banco Raso. Somente na primeira localidade, cerca de 10 toneladas de entulho foram retiradas por uma equipe que atuou por dois dias consecutivos.
“Lá tivemos 14 caçambas, uma retroescavadeira e uma pá carregadeira fazendo a retirada do material descartado pela população”, disse o superintendente de Serviços Públicos, Sousa Lino. Já no Mangabinha, um dos bairros mais afetados pelas inundações do Cachoeira, a Prefeitura removeu 670 caçambas de entulho, porém ainda tem muito trabalho pela necessidade de limpar a lama e a terra carregada pelas enchentes.
“No Mangabinha, cerca de 60 homens estão fazendo a limpeza do rescaldo para posterior lavagem e sanitização, o que esperamos concluir até o sábado, dia 8”, acrescenta. Já na Avenida Ilhéus, uma região da cidade que também sofreu com alagamentos pelas chuvas, outras equipes da Prefeitura e da Biosanear fazem a desobstrução de bueiros e vias por conta do excesso de lama e sujeira trazidas pelas enxurradas.
O mesmo serviço foi executado nas avenidas Princesa Isabel, Aziz Maron e Mário Padre e ainda na Praça Rio Cachoeira, margem direita, onde os estragos foram graves. “Estamos cumprindo a determinação do prefeito Augusto Castro de acelerar a limpeza de todas as áreas inundadas ou que tiveram problemas em consequência das enchentes”, afirma o titular da Superintendência de Serviços Públicos.
“Houve a remoção de baronesas e outras plantas aquáticas e detritos na primeira fase. Depois entulhos, lama e terra, seguido da lavagem e sanitização”, acrescenta o superintendente Sousa Lino. “Cerca 40% da cidade foram atingidos. O rio subiu pouco mais de nove metros, sendo a enchente a maior cheia desde a de 1967. Há 54 anos, a área urbana era menor, assim como a população de cerca de 60 mil habitantes. Atualmente, tivemos 2.800 famílias desabrigadas ou desalojadas, uma média de 30 mil pessoas foram atingidas”, finaliza.