Por falha da Prefeitura, Governo do Estado não pode entregar o novo Hospital Materno Infantil

Marcado para ser um presente ao povo no dia da cidade, no dia em que Ilhéus comemora 487 anos de fundação, segunda-feira (28), a entrega do novo Hospital Materno Infantil foi adiada pelo Governo do Estado por conta da falta de cuidado da Prefeitura Municipal Ilhéus.

Cerca de R$ de 20 milhões foram investidos pelo Governo do Estado nas obras de reforma e ampliação do Hospital Geral Luiz Viana Filho, no bairro da Conquista, em Ilhéus, para implementação do perfil materno e infantil. A obra, vistoriada diversas vezes pelo secretário estadual de Saúde e técnicos da administração estadual, foi concluída no prazo previsto, em maio de 2021, para que a inauguração pudesse acontecer nesta data de junho de 2021.
Porém, apesar de alertado pelo Estado, diversas vezes, a Prefeitura, através do prefeito de Ilhéus não conseguiu executar o processo de seleção pública para contratação de médicos, pediatras, obstetras, enfermeiros, entre outros profissionais de saúde. No acordo firmado com o Estado, a gestão da maternidade ficará sob responsabilidade do município, que começa falhando sem conseguir o básico e concluir o processo para licitar a empresa que vai administrar a unidade. O Hospital Materno Infantil vai oferecer atendimento obstétrico para gestantes de alto risco. Com 105 leitos, a unidade conta com UTI neonatal e pediátrica, além de um moderno centro cirúrgico e obstétrico. Incluído os equipamentos, o Hospital custou mais de R$ 40 milhões.
O governador Rui Costa, (PT), além da inauguração do Hospital pretendia anunciar novos investimentos para o município e teria outros compromissos na cidade. A falta de atenção e comprometimento da Prefeitura o deixou profundamente aborrecido.
Rui Costa estava recebendo a “Comenda do Mérito São Jorge do Ilhéus”, no Teatro Municipal de Ilhéus, quando anunciou a obra Hospital Materno Infantil. Teatro cheio de autoridades e populares.
Governador explicou claramente o que seria o novo Hospital. Pediu ao Prefeito de Ilhéus um projeto de requalificação da área urbana no entorno do novo Hospital. Lembrou que seria ali um Hospital frequentado, em sua maioria, por pessoas humildes. Queria que o Hospital fosse um “ponto de esperança”. As pessoas precisavam se sentir acolhidas ainda na chegada. Disse isso olhando para o Prefeito que sorria e balançava a cabeça. Rui, naquela ocasião, contou um pouco da sua história de vida. Recordou que a sua mãe prestava serviços domésticos e ele, ainda menino, ia ajudar na sua lida. Por diversas vezes lhe foi ensinado, por sua mãe, a fazer bem feito. Fazer como se fosse a última coisa a ser feita. O prefeito sorria, aplaudia e balançava a cabeça. Rui Costa continuou: hoje, como gestor, não me preocupa o valor da obra, mas a qualidade e o cuidado em fazer o melhor, o zelo para com aqueles para que estou fazendo.
O Prefeito sorria, aplaudia, balançava a cabeça, mas não ouviu. Naquela ocasião, o governador, também, pediu ao Alcaide local um projeto bem definido de iluminação, para parte da orla da cidade. Pelo menos para o Centro, o Pontal e o Malhado. Justificou o empenho destacando que o município está prestes a completar 500 anos e deu uma aula sobre a história de Ilhéus e novamente frisou “que todo gestor precisa ter esmero, cuidado e zelo no que faz.” Palavras que soaram em “ouvidos moucos”.
Por Jonildo Glória