Ontem o Agora na Rede publicou que o estado baiano chegava a pouco mais de 5 mil casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Hoje, esse número chegou 5.558 infectados e 200 óbitos. Se for comparar com as atualizações das secretarias municipais a quantidade de contaminados e as mortes por Covid-19 é muito maior. A exemplo de Itabuna, a Sesab relata que são 328 pessoas com o coronavírus e 7 óbitos, mas pela Divisão Epidemiológica já são 367 casos sendo 23 de outro município, mesmo assim seriam 344 e 11 óbitos número que desde 04/05 não foi atualizado pela Secretaria Estadual de Saúde conforme mostra quadro abaixo.
Em meio a esse confronto, mais um profissional de saúde veio a óbito neste domingo (10) do Dia das Mães, dessa vez na cidade de Jequié, no sudoeste da Bahia. O médico Ramon Barbosa atuava na emergência para Covid-19 do Hospital Geral Prado Valadares. Ramon tinha 43 anos de idade e também era professor. Nas redes sociais o Secretário Fábio Vilas-Boas lamentou a morte do colega e disse: “Seu sacrifício não será esquecido”. Mas fica uma sensação de inércia, lentidão, passividade quanto as autoridades no que se refere ao EPI’s, aos cuidados com a desinfecção de todos os envolvidos no combate à doença, desde a equipe de limpeza ao médico da UTI.
O que se observa é o número crescente de casos, seja nas aglomerações para receber o auxílio emergencial, seja por qualquer outro motivo, mas o que se observa é que alguma medida austera tem quer tomada pois se o sistema de saúde na Bahia já estava péssimo, agora nem se fala. Será que os médicos que atuam na Bahia vão ter que chegar ao ponto de escolher quem morre ou quem vive como foi o caso da Itália? Espera-se sinceramente que não.
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