A recente divulgação de um problema de saúde envolvendo a filha do jornalista Tiago Leifert e sua esposa, Daiana Garbin, chamou a atenção sobre o retinoblastoma, um tipo raro de tumor intraocular maligno que, nesta modalidade, é o mais comum entre as crianças.
O Dr. Rafael Andrade, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) afirma que “o diagnóstico precoce desta forma de tumor, cuja origem está associada a fatores genéticos, é o melhor caminho para garantir seu tratamento adequado”.
“Os cuidados devem começar ainda na maternidade, onde todo recém-nascido deve ser submetido ao Teste do Olhinho, o teste do reflexo vermelho, até 72 horas de vida, sendo este o primeiro passo para a detecção de doenças oculares”, ressalta o médico. Ele também recomenda exame do fundo do olho no primeiro ano de vida, a partir do primeiro mês e que os pais observem sempre as fotografias dos bebês para observar algumas alterações no olhar.
Após essa abordagem inicial, o Teste do Olhinho deve ser repetido pelo pediatra ao menos três vezes ao ano, até que a criança complete seus 3 anos de vida. Na identificação de qualquer anormalidade, o paciente deve ser encaminhado para consulta com oftalmologista que aprofundará a investigação.
De acordo com o Dr. Rafael Andrade, “para ampliar a proteção da saúde ocular das crianças, recomenda-se ainda que bebês de seis a 12 meses passem por um exame oftalmológico completo”. Posteriormente, entre três e cinco anos esse mesmo bebê deve ser submetido a uma segunda avaliação oftalmológica.
Os exames oftalmológicos completos são fundamentais para detecção precoce de problemas oculares que afetam a saúde ocular da população pediátrica. Em caso de confirmação de diagnóstico de retinoblastoma, a criança iniciará tratamento que depende de vários fatores (localização e o tamanho do tumor, disseminação além do olho e possibilidade de preservação da visão.
O oftamologista lembra ainda que na condução de casos de retinoblastoma podem ser adotados diferentes procedimentos, como quimioterapia (intravenosa, intra-arterial, periocular e intraocular), terapia focal e métodos cirúrgico. O importante é que todo o processo seja conduzido por um profissional da oftalmologia.