Protocolo elaborado pelo Sebrae orienta donos de pequenos negócios que oferecem cursos livres. Questões pedagógica também devem ser reavaliadas
A prestação de serviços educacionais foi um dos primeiros segmentos a sofrerem o impacto da pandemia do coronavírus (Covid-19). A necessidade de suspender as atividades de cursos variados, como idiomas, informática, esportes, entre outros, para evitar a propagação da doença, atingiu pais, alunos, professores e empresários. Com a retomada gradual do funcionamento de algumas atividades econômicas, o retorno da prestação de serviços educacionais também já começa a ser planejada pelos gestores de alguns estados e municípios brasileiros e vai exigir uma nova postura dos donos de pequenos negócios do segmento.
Para apoiar os empreendedores nesta retomada segura, o Sebrae preparou, em parceria com entidades do setor, um protocolo com orientações específicas para o funcionamento de cursos livres diante das mudanças exigidas pela pandemia da Covid-19.
O Sebrae reconhece que a liberação do funcionamento dos estabelecimentos depende, fundamentalmente, das condições específicas de cada localidade e recomenda, em primeiro lugar, que os empresários fiquem atentos aos decretos e demais regulamentos vigentes na sua região. Caso os empreendedores identifiquem alguma divergência de informações entre as medidas estaduais e municipais, a orientação do Sebrae é de que optem por seguir a orientação mais rígida, de preferência, de acordo com as recomendações das autoridades oficiais de saúde, como Organização Mundial de Saúde (OMS), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Saúde, entre outras. É importante, ainda, estar alerta às recomendações setoriais de cada curso livre, tendo em vista que eles possuem especificidades.
Questões pedagógicas
Além das orientações das principais autoridades de saúde e entidades setoriais, o protocolo elaborado pelo Sebrae destaca também as mudanças nas questões pedagógicas diante do novo cenário causado pela pandemia. O documento chama atenção para que a formação de professores e alunos em abordagens alternativas de ensino e aprendizagem devem ser realizadas durante e depois da crise. O protocolo também recomenda que no momento de retorno à sala de aula, seja assegurado o apoio profissional aos professores que necessitem adaptar as suas abordagens de ensino de forma flexível. Para uma transição suave das plataformas de aprendizagem à distância para a prestação de serviços em sala de aula, o Sebrae orienta que seja estimulada a prática de metodologias híbridas de ensino-aprendizagem com a redução das horas de atividade presencial que os alunos receberão complementado pelo ensino em linha ou à distância (modelos mistos).