Por Fernanda Oliveira
Este ano de 2020 foi realmente atípico. Pandemia, isolamento social, desemprego em alta, empresas fechando suas portas de vez. Claro que existiram pontos positivos, dentre eles o crescimento de pedidos por aplicativo alavancando as vendas e a solidariedade aflorada nas pessoas, porém, o ponto de maior destaque foi a capacidade de se reinventar sabendo lidar com conflitos e problemas, ou seja, atingir um papel de liderança.
Vocês devem estar se perguntando qual o objetivo de estar falando tudo isso. Já vou explicar. Como foi dito, quem mais se sobressaiu foi quem soube liderar, e aqueles que não agiram assim, não souberam lidar com os problemas que a pandemia trouxe. O povo dessa vez não teve piedade, pediu mudança. Gerou por um sentimento de renovação tanto no Legislativo quanto no Executivo. A prova disso foi a Câmara de Vereadores que dos 21 vereadores, apenas quatro se reelegeram e foram eles o Pastor Francisco (Republicanos), com 1.305 votos, em seguida Ricardo Xavier (Cidadania), atual Presidente da casa, totalizando 1.290 votos, Ronaldão (PL) com 1.175 votos e Alex da Oficina (PTC) com 1.159 votos.
Devido a pandemia para evitar aglomerações, 110.774 eleitores decidiram quem iria comandar o município para os próximos quatro anos neste domingo (15). Lembrando que 1.920 · 1,73% votos em brancos e 2.985 · 2,70% foram votos nulos.
Lembrando que dos vereadores da gestão anterior vereadores Zico, Manoel Júnior, Antônio Cavalcante e Júnior Brandão, preferiram não disputar a reeleição. Charliane Sousa tentou o cargo no Executivo, Jairo Araújo, optou por ser o vice na chapa de Geraldo Simões, e Enderson Guinho se elegeu vice-prefeito na chapa de Augusto Castro.
Os novos nomes que ocuparão as cadeiras no Legislativo a partir de 2021, alguns são conhecidos pelos itabunenses, como o cantor Fabrício Pancadinha (PMN), que obteve 1.574 votos, a maior votação no munícipio, logo atrás destacaram-se os presidentes de associação de moradores Cosme Resolve (PMN) do Parque Boa Vista, com 1.278 votos, Francisco (PSD), do Santo Antônio, que obteve 1.203 votos e Danilo da Nova Itabuna (PSL), com 941 votos.
E como foi dito como início da matéria, a eleição de 2020 foi marcada pela renovação, quem não mostrou liderança, pulso firme na adversidade da chegada da Covid-19, não teve mão na cabeça. Itabuna estava entre os municípios com maior número de casos na Bahia, um índice elevadíssimo de casos ativos, que chegou a representar em torno de 30% dos casos ativos de todo Estado.
Com tudo isso, você acrescenta transporte público sem circular, poucos leitos simples e de UTI em relação ao número de casos, fechamento do comércio por mais de 90 dias, enfim, o povo preferiu um candidato novo, já que dentre os 11 candidatos a prefeito, número bastante expressivo, três já passaram pela cadeira mais cobiçada da cidade, e mesmo o vencedor já ter experiência como deputado estadual, a brincadeira agora é outra.
Agora é esperar o que Augusto Castro, que ganhou com 23.051 votos a mais que o 2º colocado Capitão Azevedo, vai fazer para colocar Itabuna no topo das cidades do interior novamente, pois os desafios são muitos, e as promessa de campanha também.