Por Arnold Coelho*
Não é de hoje que solitários e corajosos aventureiros de final de semana sobem a Serra do Córrego Grande (Ibicaraí-Bahia), cortando trilhas, pequenos córregos e passando por fazendas de cacau até o topo da serra, passando pelas fazendas de Herlon, Seu Vital, Tupã, Abel de Furtuoso, até chegar ao topo da Serra, na fazenda de Pedro Gama e Ana.
É uma subida ‘bruta’, com intermináveis e íngremes ladeiras, na sua grande maioria calcetada para ‘facilitar’ a subida e a descida. Diz a lenda que “subir a Serra do Córrego Grande andando é para poucos”.
Depois de quase um mês convidando o povo, no “boca a boca” e via internet, Dominguinhos “Original” e Arnold Coelho criaram um grupo no WhatsApp e em menos de 24 horas mais de 50 pessoas aderiram ao grupo e aceitaram o desafio.
Na sequência foi feito uma vaquinha para a compra de carne e frango e produtos para um café da manhã, além da colaboração da prefeitura, que ofertou uma cesta de alimentos para o almoço e cinco vasos de água de 20 litros; o SAAE colocou um veículo com motorista de apoio e alguns empresários e amigos doaram uma quantia para a compra de frutas, refrigerantes e energéticos.
A subida teve início às 6:30h, e após três longas horas (e um cansativo e agradável sofrimento) finalmente todos os 47 integrantes chegaram ao destino, na Fazenda Bom Jesus da Lapa, de Pedro Gama e Ana.
A recepção foi calorosa, regada a um delicioso café da manhã. Na sequência muitos se aventuraram em subir um pouco mais (até a torre) para poder ver do alto as cidades de Barro Preto e Itabuna. Na sequência aconteceu mais um quilômetro de caminhada até a fazenda de Rui, onde existe uma belíssima represa, onde alguns aproveitaram para tomar banho e nadar.
Na parte final da aventura Pedro e Ana serviram um delicioso almoço com gostinho de roça, muito suco de goiaba e um café feito no fogo de lenha. Às 14 horas foi feita uma foto com parte do grupo e ficou firmado uma nova subida para o mês de setembro. Na sequência os aventureiros de final de semana fizeram a descida, que costuma ser mais fácil e não menos cansativa.
O resto dessa ‘epopeia’ fica por conta das centenas de fotos e vídeos que estão circulando na internet.
*Jornalista MTB 6446/BA, amante do meio ambiente e integrante da I Caminhada Ecológica
Fotos: Adriana Maria