Nas últimas 24 horas, o Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães conseguiu melhorar o fluxo de pacientes internados na emergência, depois da reativação de mais uma enfermaria. A diretora-presidente da Fundação de Atenção à Saúde (Fasi), Fernanda Cândida Ludgero, lembra que o hospital passou um longo período com uma média de 60 pacientes internados no Pronto-Socorro, à espera de um leito na unidade hospitalar.
A nova presidente, que assumiu o cargo na segunda-feira passada, dia 2, comemora a reativação da enfermaria A, antes destinada a pacientes clínicos com a Covid-19. “A unidade estava desativada devido à redução dos internamentos de pacientes clínicos acometidos pela doença. Por isso, decidimos devolver a enfermaria para pacientes que são perfil de um hospital de traumas”, explica.
A enfermaria A conta com 38 leitos, sendo que neste primeiro momento, 15 foram reativados e os demais serão disponibilizados, gradativamente.
Por ser um hospital ‘portas abertas’, atendendo pacientes de 22 municípios do Sul do Estado, de acordo com a presidente da Fasi, o Hospital de Base atende além da sua capacidade. Por isso, todo o sistema fica estrangulado.
“São 200 leitos lotados e cerca de 60 pacientes rotineiramente internados na emergência, o que estava levando ao Hospital de Base a trabalhar com 130% de sua capacidade instalada para funcionamento” acrescenta Fernanda Ludgero.
Ela lembra que a unidade tem perfil para urgência e emergência, mas termina atendendo pacientes com outros perfis, o que reflete diretamente na superlotação. “Continuaremos tendo como foco uma gestão humanizada, mas será implantado um sistema de acolhimento com classificação de risco para identificar pacientes que sejam realmente perfil do hospital, na tentativa de agilizar o atendimento e organizar o Pronto-Socorro”, ressalta.
A necessidade de fortalecer a parceria com as Secretarias e Diretorias de Saúde dos municípios que encaminham pacientes para o Hospital de Base também foi sinalizada pela presidente da Fasi.
“Destes 22 municípios, pelo menos 15 contam com hospitais que podem atender pacientes classificados como casos leves e moderados. Além disso, têm condições de aceitar pacientes estáveis que estiverem no Hospital de Base para dar continuidade ao tratamento”, finaliza.