A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados promoveu audiência pública, dia 11 deste mês, sobre o tema “Política Nacional de Incentivo à Produção de Cacau de Qualidade”.
Participou da discussão: a diretora-executiva da Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), Anna Paula Losi; o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados, Ubiracy Fonseca; o diretor da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, representando o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Waldeck Pinto de Araújo Júnior; o ex-superintendente dessa comissão executiva Juvenal Maynart; o diretor do Centro de Inovação do Cacau, Cristiano Villela Dias; o representante dos consórcios de municípios da Bahia e adjacências, Antônio Valete; e o idealizador do Projeto Cacau 550@, Ivan Costa.
O deputado Tito (Avante-BA), que propôs a realização da audiência, disse que o objetivo é debater o Projeto de Lei 4107/19, de autoria do senador Angelo Coronel (PSD-BA).
“A proposta, já aprovada no Senado Federal, e almeja promover a produtividade, industrialização e comercialização do cacau em maior escala, devolvendo assim ao Brasil o título de maior produtor de cacau do mundo”, observou.
Percentual Mínimo de Cacau
Em pronunciamento na Câmara, nesta quarta-feira (23), a deputada federal Lídice da Mata ressaltou a premiação recebida pelo chocolate da marca Chor, sediada em Ilhéus e defendeu a retomada das discussões sobre um percentual mínimo de cacau como matéria-prima do item. O produto foi um dos vencedores do Prêmio Gourmet Bronze AVPA 2021, concedido pela Agência de Valorização dos Produtos Agrícolas (AVPA), uma organização não governamental sediada em Paris, que é referência em concursos internacionais de produtos excepcionais feitos no país de origem.
“No Senado, fui autora do projeto que previa mínimo de 35% de massa cacau em todo chocolate produzido e comercializado no Brasil. Este mesmo texto está na Câmara para discussão e votação, pois creio que agregará valor aos produtos brasileiros, tornando-os mais competitivos no mercado externo. Além disso, pode representar um novo ciclo na região cacaueira, que é dotada de grande potencial turístico”, disse.
Para Lídice, cidades litorâneas como Ilhéus e Itacaré, bem como outras do entorno, podem se beneficiar com a medida, uma vez que se tornariam referências turísticas também do chocolate, como Gramado. “Isso beneficia ainda tanto o agronegócio como a agricultura familiar, pois há vários projetos de cacauicultura orgânica na região”, disse.
Made in Bahia
O produto que concorreu com chocolates do mundo todo, foi o Bahia Terra da Felicidade, um chocolate ao leite mais intenso, “dark milk” com 55% de concentração de cacau. O resultado foi divulgado nesta terça-feira (22) em Paris, França. Para as avaliações do concurso de chocolates, a agência convidou um júri de especialistas em chocolate, analistas sensoriais e personalidades gastronômicas mundiais. “Me alegra muito ver o sucesso de um produto baiano, cuja fábrica tem uma mulher à frente, que é a competente empresária Luana Lessa”, finalizou.
Fonte: Ascom Câmara
Foto: Marco Nascimento/Agência Pará