Só que essa vantagem de preço do etanol não deve durar muito, já que o álcool também sofre pressão com o aumento do diesel.
Segundo o G1, no último mês, o biocombustivel ganhou vantagem competitiva. Na média do país, passou a custar 67,9% do valor da gasolina. Uma queda superior a 1 ponto percentual de janeiro a março e de quase 10 pontos percentuais em seis meses, nas contas da União da Indústria de Cana-de-Açúcar.
Afogado pelas altas recentes, o consumidor respondeu depressa. A venda do etanol hidratado nas usinas do Centro-Sul bateu 1,11 bilhão de litros em fevereiro, 26,2% a mais que em janeiro.
Essa discussão extrapola o mercado de gasolina e etanol. Porque, segundo economistas, o custo do transporte tem impacto em todos os setores da economia. Os combustíveis já estavam caros no Brasil quando a guerra na Ucrânia elevou o preço do petróleo no mercado internacional. E a queda recente de movimento nos postos é um indicador claro de queda na atividade econômica.
“Porque a gente usa muito produto para transporte e para entrega de mercadorias. Então caiu aqui, cai tudo”, afirma José Alberto Gouveia, presidente do Sincopetro. E a vantagem do preço do etanol pode durar pouco porque não escapa da pressão sobre o diesel, que move o transporte da cana de açúcar.
Foto: Fernanda Oliveira/Agora na Rede