Aberto por três dias, edição São Paulo 2020 teve seu quarto dia cancelado por segurança devido à pandemia do novo coronavírus
A segunda edição do Chocolat São Paulo – Festival Internacional do Chocolate e Cacau aconteceu entre os dias 12 e 14 de março no Pavilhão da Bienal do Ibirapuera, reunindo mais de 80 expositores, dentre eles, 52 marcas de chocolates de origem, bean to bar (da amêndoa à barra), premium e gourmet. A extensa e diversificada programação de workshops e palestras registrou ocupação média de 80%. Foram mais de 25 especialistas ensinando receitas à base de chocolate ou discutindo temas relevantes do setor de cacau e chocolate no Brasil e exterior. “Eventos como esse deixam o chocolate mais próximo dos confeiteiros e consumidores. Derruba o mito de que chocolate bom é para poucos. A exclusividade fica no sabor, na curadoria da feira, que seleciona marcas com um trabalho especial, evidente desde às fazendas de cacau”, comentou a confeiteira Fernanda Ribeiro, que participou de uma das oficinas.
Em função do agravamento da epidemia do coronavírus, que foi declarada pandemia às vésperas do evento, houve uma queda no número de visitantes, porém, não diminuiu o sucesso do Festival. “O Chocolat São Paulo cumpriu 75% da sua missão, entregando uma estrutura completa e contando com um time de grandes especialistas do mais alto padrão. Mas a nossa reponsabilidade com todos os envolvidos só nos deu a alternativa de cancelar o último dia do evento (domingo, 15 de março), com o objetivo de garantir a segurança, acima de tudo”, ressalta o empresário Marco Lessa, idealizador e organizador do Chocolat Festival, maior evento do segmento na América Latina, com quase 20 edições acumuladas entre Bahia, Pará e São Paulo. Lessa e sua equipe acompanhavam de perto e seguiam rigidamente as orientações das gestões municipal e estadual de São Paulo, e do Ministério da Saúde, para a realização do festival, desde a abertura.
Para a chocolate maker Juliana Aquino, que expunha seus produtos no evento, a organização do Chocolat Festival teve uma decisão muito acertada ao cancelar o último dia, mas recebeu a notícia com muito pesar. “Esse ano o evento avançou ainda mais. Apesar do grande sucesso, havia a necessidade do cuidado para que o Festival não se tornasse um espaço de propagação do vírus”, opina Juliana.
Marketplace
Após o cancelamento do último dia do Chocolat São Paulo, a organização do evento programa uma ação para ajudar os expositores. Marco Lessa pretende antecipar o projeto de criar um marketplace do festival, plataforma através da qual marcas possam anunciar e comercializar os seus produtos. “Se o expositor participou de qualquer edição naquele ano, o produto dele estará na nossa página. De alguns produtores de chocolates iremos comercializar direto, outros encaminharemos o cliente para a loja virtual da própria marca. É uma forma de termos um canal de vendas para todas as marcas, principalmente as dos pequenos produtores, que têm menos oportunidades”, explica Lessa.
O lançamento seria feito durante o XII Chocolat Bahia, programado para o mês de julho deste ano. Mas a intenção de Lessa é acelerar esse processo e tentar lançar em maio a www.choc.store, loja on-line do Chocolat Festival.