A situação das feiras em Itabuna continua a mesma. O deserto em que se encontrou a feira do Centro Comercial hoje pela manhã foi impactante. A pergunta que fica no ar é onde está a prefeitura de Itabuna na resolução dos problemas apontados pelo Ministério Público? A feira vai ficar ao léu? Sem nenhuma reorganização, limpeza, higienização do local? O governo municipal se mostrou preocupado com os feirantes, mas a ação mesmo não se vê, afinal ficar parado recebendo verbas das esferas estadual e federal e não aplicar o dinheiro com intuito de solucionar o problema só vai gerar mais problemas.
Os comerciantes que deixaram de faturar esta semana vão viver de que? Já que a maioria vive apenas disso. Que as feiras da cidade deveriam ser interditadas e higienizadas não precisava da pandemia para se descobrir isso. Muitos alimentos jogados na rua, urubus, ratos e outros bichos brigando por lixo ao lado das bancas que vendem alimentos, setor de carne sem refrigeração adequada para manter os produtos, assim como peixes e pro aí vai, isso não é novidade para ninguém.
A questão que se traz a reflexão do leitor é o porquê além de esperar algo grave acontecer para mudar, quando é que finalmente o governo municipal irá se mobilizar para que as alterações exigidas sejam implementadas? Vai aguardar outra manifestação dos feirantes? Vai dar um “cala boca” até que o furacão Covid-19 passe?
Enfim, como foi dito pelo prefeito Fernando Gomes, 80% da cidade compram os alimentos nas feiras livres, então a maioria da população esperará até quando para que essa situação seja regularizada?
Hoje pela manhã, na feira do São Caetano, foi retirado as barracas que estavam indevidamente colocadas nas ruas e funcionando. Houve muita revolta dos feirantes pois eles precisam ganhar seu suado dinheiro, mas é fato que quebrar, desmantelar as barracas não soluciona a questão da higienização e espaçamento entre as barracas. Espera-se da Administração Pública uma verdadeira atuação de limpeza, posicionamento correto das barracas e principalmente a fiscalização dessas mudanças, inclusive punitivas com multas, para que no futuro as feiras não voltem a ser um lixão a céu aberto esperando uma pandemia para que sejam frequentáveis novamente.