O ICMBio informou que as todas as ararinhas soltas usam uma espécie de coleira de identificação. No caso da ave desaparecida, há duas possibilidades: ou o aparelho está danificado ou foi destruído.
A ACTP também afirmou que a comunidade local já foi avisada sobre o sumiço da ave. Além disso, as equipes da ONG e do Instituto procuraram por sinais de predadores nos locais onda as ararinhas costumam ficar, mas nada foi encontrado.
As cinco fêmeas e os três machos nasceram em viveiros e foram soltas em Curaçá no dia 11 de junho deste ano. Os animais eram considerados extintos da natureza há 22 anos.
A soltura foi uma das etapas do Plano de ação Ararinha-Azul, coordenado pelo ICMBio, em parceria com a ONG ACTP e instituições privadas que apoiaram o projeto.
Com elas, foram soltas oito araras maracanãs, que também ocorrem caatinga baiana, e que tiveram a missão de “treinar” as ararinhas-azuis dentro do viveiro para ensiná-las como sobreviver em vida livre.
Desde então, os pesquisadores acompanham a adaptação das ararinhas em vida livre por meio de um rádio colar que foi instalado em todas que foram soltas. Além disso, eles realizam o monitoramento constante área em que elas devem circular, que tem muitas árvores caraibeiras, as preferidas das ararinhas-azuis para dormir.
Uma outra soltura está programada para dezembro desse ano, quando outras 12 ararinhas-azuis que vivem na Unidade de Conservação em Curaçá devem ganhar vida livre. Até lá, os pesquisadores esperam já ter bons resultados da soltura experimental.
O projeto prevê que ararinhas sejam soltas na natureza em Curaçá nos próximos 20 anos. Para isso, elas vão continuar a reprodução em viveiros na Alemanha e no Brasil, e espera-se que logo se reproduzam no habitat natural. Informações G1 Bahia.
Foto: ONG ACTP