O incêndio que atingiu o Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal, em Porto Seguro, no extremo sul da Bahia, foi controlado após 11 dias. A informação foi divulgada na tarde desta sexta-feira (24) em uma rede social do equipamento, no entanto, o parque não detalhou a data em que as chamas foram controladas.
Até a última terça-feira (21), cerca de 700 hectares do parque e da Aldeia Boca da Mata haviam sido destruídos. Apesar de ter sido controlado, o momento ainda é de atenção, já que há pontos quentes nas áreas queimadas próximo às florestas, o que, segundo o parque, pode reacender as chamas.
O trabalho de monitoramento, extinção e resfriamento continua sendo realizado pelos combatentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo/Ibama), Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) e Brigadistas Voluntários da Terra Indígena Barra Velha.
O problema surgiu no dia 14 de novembro, por suposta ação humana – não há perícia que aponte a situação, nem pistas do suspeito de atear fogo. Apesar dos esforços de 80 pessoas, entre voluntários e brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), as queimadas na área ganharam maior proporção.
Além disso, o combate se tornou ainda mais complicado, porque o fogo avançou para pontos de mata fechada, onde a entrada das equipes não é possível. Equipamentos e veículos de grande porte, incluindo um trator cedido por uma empresa da região, têm ajudado nos trabalhos.
O local abrange a primeira porção de terra do Brasil avistada pelos colonizadores portugueses, o que faz dele um marco para o país. Ainda hoje, é o primeiro e único Parque Nacional e Histórico brasileiro, além de fazer parte do Patrimônio Mundial Natural, reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Criado em 29 de novembro de 1961, o equipamento tem mais 22 mil metros hectares e abriga, além de grande diversidade de plantas e animais, além de algumas comunidades indígenas, entre elas a Aldeia Boca da Mata, onde as chamas começaram. Informações G1.
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