Carlos Roberto Pinto de Souza trabalhava na autarquia desde 2019. Antes havia sido instrutor no Exército e chefe do Centro de Defesa Cibernética e comandante do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica.
Morreu nesta segunda (11), em Curitiba, o general da reserva Carlos Roberto Pinto de Souza, responsável pela área dentro do Inep que coordena a elaboração do Enem. Ele tinha 59 anos. O primeiro dia de provas do exame ocorre no próximo domingo (17).
A causa da morte foi em decorrência de complicações da Covid-19. Ele foi internado um pouco antes do último Natal. Em comunicado à imprensa, o Inep confirmou a morte, mas disse que não informará a causa da morte em respeito à família.
O Inep afirmou que Pinto de Souza, dentro da Diretoria de Avaliação da Educação Básica (Daeb), participou ativamente da concepção do Enem Digital e do Novo Saeb, principal projeto a que se dedicava nos últimos meses.
Ele não tinha formação na área de avaliação escolar. Até assumir o cargo no Inep, trabalhava como assessor no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
Além do Enem, coordenou as equipes envolvidas no Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos), Celpe-Bras (Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros), Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), entre outros.
Justiça decidirá sobre Enem
Uma ação movida na Justiça por organizações estudantis e institutos da área de educação na última sexta (7) e uma carta de mais de 45 associações ligadas a ciência questionam a segurança sanitária para a realização do Enem 2020 em face da alta de casos de Covid no país.
O documento solicita o adiamento da prova. A Defensoria Pública da União fez o pedido junto com a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e as entidades Campanha Nacional pelo Direito à Educação e Educafro.
Na mesma sexta, mais de 45 entidades científicas publicaram uma carta endereçada ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, em que expressam preocupação pela realização do exame.
Encabeçam a manifestação a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped) e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).
Segundo a carta, as medidas do Inep e do governo federal “não são suficientes para garantir a segurança da população brasileira, num momento de visível agravamento da pandemia no país”. Informações do G1.