Por Fernanda Oliveira
Itabuna continua com a triste marca de uma das cidades do interior baiano que mais espalha a Covid-19. O município registrou ontem (10), 17.156 casos confirmados, sendo 931 casos ativos; 15.857 casos curados; 26 internados em UTI, 16 em leito clínico e 368 óbitos. Os dados estatísticos não são nada animadores e a pergunta que fica que fica é: porque as pessoas continuam se aglomerando e saindo sem máscara ou usando a mesma no queixo ou com o nariz de fora?
Em uma simples ida a padaria, que fica menos de 1 km de onde moro, fiquei observando a quantidade de pessoas sem máscara ou usando-a inadequadamente, aglomeradas em pequenos botecos, supermercados cheios, enfim, o comportamento aparente é de que pandemia está acabando e que se pode relaxar.
De acordo com os dados do Governo do Estado, Itabuna está em 3º lugar no ranking de casos da Covid-19, perdendo apenas para a capital, Salvador, e a 2ª maior cidade da Bahia, Feira de Santana que está com 23.178 casos confirmados. Mas vale lembrar que o município está na frente de Vitoria da Conquista que contabiliza 15.756 notificações, porém Conquista tem mais de 340 mil habitantes e Feira quase 620 mil, enquanto Itabuna chega a marca de 213 mil habitantes, e fazendo as contas proporcionalmente por habitantes a situação daqui está mais crítica do que se pensa.
Vale lembrar que estamos prestes a “surfar” na segunda onda, no Brasil ontem (10), nenhum estado registrou queda dos índices de contaminação, o mapa registrou apenas aumento da doença. É preciso chacoalhar as pessoas e lembrar o quão imprevisível é o coronavírus, não escolhe raça, situação financeira ou religião para ser acometida por ela, inclusive o próprio prefeito, Augusto Castro, quase perdeu a chance de se candidatar e ganhar o pleito.
Reforçando que o maior problema será quando os hospitais e a rede pública novamente colapsar, ou seja, não ter como atender mais ninguém por superlotação de leitos e até corredores e é aí, neste exato momento, que vai bater o arrependimento por não ter se cuidado como deveria e espera-se que não seja tarde demais.