Todos os anos, diversos presos são beneficiados com saídas temporárias no final de ano, as famosas Saidinhas de Natal. Cada caso é analisado separadamente e o benefício é concedido pelos juízes das varas de Execução Penal das comarcas. Esse ano, por causa da pandemia do coronavírus, 400 internos poderão sair da prisão nesse período. Indignada com a medida, a deputada estadual Talita Oliveira (PSL) acredita que, se não fosse o momento de isolamento, mais presos poderiam ser beneficiados. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização, em 2019, 800 detentos foram contemplados e, em 2018, 1.300.
“Qual o sentido de liberar pessoas que infringiram a lei? Além de os bandidos não merecerem esse ‘presente’, eles ainda podem propagar o coronavírus por onde passam, caso estejam infectados, ou levar o vírus para a prisão, se é que vão voltar e sabemos que muitos desses criminosos não voltam. Está certo isso? Beneficiar presos e deixar a população em risco? Isso é um absurdo!”, enfatizou a parlamentar.
Os presos liberados na Saidinha de Natal têm até sete dias, depois do dia 1º de janeiro, para retornar à prisão, senão serão considerados foragidos da justiça.