A média de gastos com os presentes natalinos deve ser de R$ 600 entre os entrevistados
O Natal é a data mais aguardada pelo comércio, pois é o período de maior volume em vendas no varejo durante todo o ano. Em 2020, com a pandemia da Covid-19, o mês de dezembro ganhou uma importância ainda maior para o setor. Mas neste Natal, o Papai Noel deverá ser um pouquinho mais magro. É o que aponta a sondagem realizada pela empresa baiana de pesquisa e consultoria Pollis Estratégia, em parceria com o curso de Administração de uma universidade de Salvador. O desejo de 51% dos soteropolitanos é de presentear neste Natal, mas as compras terão um ticket médio de R$ 600.
Segundo os entrevistados, este será um Natal das lembrancinhas mais baratas, passando por roupas, brinquedos e artigos infantis, utensílios do lar, cosméticos, entre outros. Essas compras serão realizadas em shoppings para 69% das pessoas que responderam à sondagem. Outros 57% deverão fazer suas compras pela Internet ou utilizando aplicativos. As compras em shopping podem aumentar caso sejam realizadas promoções, horários estendidos e agendamento de atendimento nas lojas. “Mesmo diante de um cenário econômico menos favorável, percebemos a intenção de compra de itens mais baratos e a manutenção da tradição natalina da troca de presentes”, destaca o coordenador e professor do curso de Administração, Ricardo Garcia.
A vice-presidente do Conselho Regional de Estatística, Caroena Alves, estatística responsável pelo estudo, destaca que, apesar de estarmos vivenciando a segunda onda da COvid-19, a opção pelas compras presenciais volta a ganhar a preferência dos consumidores. ”O Natal é uma data tradicional, e as pessoas buscam o conforto e diversidade dos shoppings para realizarem as suas compras. É a primeira vez, desde a retomada do comércio, que as compras através de aplicativos não aparecem como sendo a principal fornecedora das vendas”, garante. Ela alerta que para os lojistas esse interesse dos consumidores pode ser visto como uma oportunidade de melhorar seu faturamento.
Com tantos momentos desafiadores para os empresários, o período natalino renova a esperança do varejo. Constantino Oliveira, consultor organizacional, explica que diante da pandemia, as convenções sociais serão adaptadas para que a sua essência possa ser mantida. “Mesmo com festas reduzidas, e em alguns casos, se utilizando de meios virtuais, os presentes de final de ano continuam sendo uma tradição importante para as famílias. O Natal representa, além de uma das datas cristãs mais importantes, também o fechamento de um ciclo e o começo de novos projetos. Nesse sentido, o presente tem uma simbologia psicológica de passagem para coisas novas e de agradecimento às pessoas queridas”, ressalta.