Seminário debate o racismo e a criminalização dos negros no pós-abolição

O tema integra a II Semana de História da Unijorge, que acontece entre os dias 1º e 3 de dezembro. As inscrições são gratuitas e abertas ao público.

Além da pandemia da Covid-19, o ano de 2020 ficará marcado na história por violentos episódios de racismo e por protestos espalhados pelo mundo contra esse tipo de crime. O racismo e a criminalização dos negros no pós-abolição é um dos temas que serão debatidos durante a II Semana de História da Unijorge, que acontece entre os dias 1º e 3 de dezembro. Os interessados em participar do evento podem se inscrever gratuitamente pelo site www.unijorge.edu.br.

“O Fumo de negro: controle social e desafricanização no pós-abolição” é o tema da palestra, que a mestre e doutoranda em História Social pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Luisa Gonçalves Saad e a doutoranda em História Social, também pela UFBA, Flaviane Ribeiro Nascimento fazem, na próxima terça-feira (dia 1º/12), às 19h. O debate será mediado pelo mestre e doutorando em História Social pela UFBA e professor do curso de História, Clíssio Santos Santana.

Há 10 anos Luisa Gonçalves Saad se dedica aos estudos da criminalização do uso da maconha, da prática no Candomblé, da capoeira e do samba de roda como mecanismos de controle social sobre a população negra no pós abolição da escravidão no Brasil. “Criminalizando essas práticas negras e africanas, que eram consideradas empecilhos para o desenvolvimento da nação buscava-se também uma desafricanização de uma sociedade que tinha arraigada na sua essência a influência africana”, explica a autora do livro Fumo de Negro: a criminalização da maconha no pós-abolição (Edufba, 2019).

A II Semana de História da Unijorge, debaterá ainda os temas como: “Paleografia: lendo o passado escrito à mão”, “Entre manuscritos e impressos: fontes para a história da Bahia”, e “Atitudes e representações diante da morte: um diálogo interdisciplinar”. A programação completa está no site da faculdade.