A venda de tomate realizada nos nove centros atacadistas analisados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) teve redução média de 6% em outubro, o que indica menor oferta de produto aos mercados. Se a comparação for feita com o volume de outubro de 2019, a queda é ainda maior, chegando a 17%. É o que mostra o 11º Boletim Prohort divulgado, nesta sexta-feira (13), pela Conab.
A menor oferta de tomate levou a aumento dos preços. No segmento atacadista, a maior alta registrada foi na central do Rio de Janeiro, com 114%, seguida de Goiânia, com 52%, de Vitória e de São Paulo, com 51% e 40%, respectivamente. O forte calor nas regiões produtoras em setembro continuou trazendo impactos na oferta em outubro, influenciando no encarecimento do produto.
As condições climáticas também influenciaram na quantidade de batata ofertada no atacado. As altas temperaturas encurtaram o ciclo de produção e aceleraram o ritmo de colheita em setembro, a fim de que não houvesse comprometimento da qualidade dos tubérculos. Já em outubro, a oferta diminuiu e houve alta de preços em todos os mercados analisados pela Conab.
Cenoura e cebola apresentam comportamento oposto, ficando mais baratas. Com a alta produtividade nas principais regiões produtoras, a boa quantidade das hortaliças para comercialização nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país reduziu o preço de venda.
Frutas – O comportamento dos preços do mamão foi diferente para cada variedade da fruta. O mamão formosa continuou com preços elevados na maioria dos entrepostos atacadistas, por causa da reduzida oferta nas principais regiões produtoras. Já o papaya, em decorrência do calor em parte de setembro e início de outubro, teve amadurecimento precoce, provocando queda nos preços, mas não na média geral.
Com o pico da safra na região de Uruana e Ceres, em Goiás, aumentou a quantidade de melancia comercializada, o que provocou queda de preços em diversas Ceasas, à exceção das maiores centrais do Sudeste, onde foram registradas leves altas. No fim de outubro, a colheita paulista e a baiana começaram a entrar no mercado e devem suprir a demanda brasileira até o fim do ano, somando-se à produção gaúcha.
Assim como em setembro, a laranja apresentou elevação de preços, agora somada à queda moderada da comercialização na maioria das Ceasas. O aumento das cotações se deve à baixa oferta de laranja pera de boa qualidade, em meio à comercialização de frutas de qualidade inferior, que estavam murchas por causa da seca nas principais regiões produtoras.
A Conab analisa a comercialização realizada nas Ceasas de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Vitória, de Belo Horizonte, de Curitiba, de Goiânia, de Fortaleza, de Recife além do Distrito Federal. Juntas, as nove centrais pesquisadas representam cerca de 70% da comercialização dos entrepostos atacadistas do país.