Doação de sangue não pode parar durante a pandemia, orienta Ministério da Saúde

Josenilton dos Anjos, coordenador do curso de Enfermagem da Unime de Itabuna, reforça a importância desta ação neste momento em que estoques de sangue estão reduzidos em todo o País, além de compartilhar dicas para a doação segura

No dia 14 de junho é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue, data criada para conscientizar a população sobre a importância deste ato. Nos últimos meses, em decorrência do isolamento social e demais ações preventivas para conter a propagação do coronavírus, o ritmo de doações diminuiu, resultando na queda dos estoques de sangue em diversas regiões do País. Para incentivar a coleta, o Ministério da Saúde divulgou, em março, orientações e precauções para que a população não quebre essa corrente do bem e continue contribuindo para manter os estoques abastecidos.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), apenas 16 a cada mil brasileiros são doadores de sangue, o que representa 1,6% do total da população. A estimativa é de que 66% dessas doações sejam espontâneas, ou seja, de pessoas que buscam os centros voluntariamente. Para Josenilton dos Anjos, coordenador do curso de Enfermagem da Unime de Itabuna, esta é uma causa nobre e pode ser realizada com segurança. “Os bancos de sangue têm adotado medidas de prevenção para evitar a propagação do vírus e para que não haja risco aos doadores. A distribuição de álcool em gel, o uso da máscara, a limpeza a cada uma hora das maçanetas de portas e corrimãos, e distanciamento entre as cadeiras da coleta para evitar contato físico são alguns exemplos. A doação de sangue é segura, não havendo riscos para quem doa”, explica.

O Ministério da Saúde orienta à população que continue doando sangue, mesmo neste momento de pandemia, uma vez que os casos de febre amarela, anemia crônicas, tratamentos de câncer, acidentes que causam hemorragias, complicações decorrentes de dengue e outras doenças graves continuam acontecendo e mantendo o consumo de sangue diário e contínuo. São cerca de 32 hemocentros no país, além de aproximadamente 500 serviços de hemoterapia – onde também são feitas coletas e uso do sangue, segundo dados do órgão.