O número de casos de dengue confirmados em Itabuna, cidade do sul da Bahia, aumentou 5% em comparação com o divulgado no boletim epidemiológico da última quinta-feira (19). Segundo a Secretaria de Saúde, o município vive uma epidemia da doença com 1,2 mil casos confirmados até esta terça-feira (24).
Em abril deste ano, a prefeitura já havia emitido um alerta vermelho referente ao aumento de casos de dengue, zika e chikungunya, provocadas pelo mosquito Aedes Aegypti. Na ocasião, foram notificados 440 casos de pessoas com sintomas das doenças, até o dia 8 de abril.
Até o final de fevereiro deste ano, o mosquito não apresentava riscos na cidade e haviam apenas 36 casos da doença em Itabuna. Em relação aos índices de 2021, os casos cresceram mais que 300%, entre janeiro e maio. No ano passado, do primeiro mês do ano até junho, a cidade teve 203 casos de dengue confirmados.
Prefeitura de Itabuna
O último Boletim divulgado pelo Departamento de Vigilância em Saúde aponta que os casos de arboviroses cresceram. Atualmente, são 2.123 notificações, sendo 1.200 casos de dengue, 133 de chikungunya e 17 de zika confirmados.
A prefeitura aumentou os mutirões que começaram no dia 17 deste mês para reduzir o índice de infestação predial na cidade, atualmente de 5,6%. Os primeiros bairros visitados foram o Novo Horizonte, Santo Antônio e Pontalzinho, onde a presença das larvas do mosquito alcançaram maiores percentuais.
Nesta quinta e sexta-feira ação dos agentes de combate às endemias, comunitários de saúde e da limpeza pública vai acontecer no Nova Califórnia. Em todos locais onde tem sido realizado, a orientação das secretarias municipais de Saúde e de Infraestrutura e Urbanismo é que os moradores promovam o bota-fora – ação pela qual removem lixo e entulhos dos quintais de casa e terrenos baldios para serem recolhidos pela Prefeitura.
De acordo com a diretora da Vigilância em Saúde, Maristella Antunes, o trabalho é interinstitucional, pois envolve diversos departamentos das secretarias. Além da Infraestrutura e Urbanismo, que auxilia na coleta de recipientes que são descartados, também há participação da Secretaria de Segurança e Ordem Pública (SESOP) e de Transportes e Trânsito (SETTRAN).
Ela informou que equipes de agentes comunitários de saúde fazem o rastreamento em cada bairro para saber se há alguém com sintomas de uma das arboviroses. Já a Vigilância Sanitária está visitando os estabelecimentos comerciais para reforçar a importância da lavagem dos reservatórios de água.
O diretor do Departamento de Limpeza Pública da Secretaria de Infraestrutura e Urbanismo, Lázaro Alcântara Pellegrini, afirmou que até hoje, dia 24,) já haviam sido recolhidas entre 60 a 70 toneladas de resíduos por dia, o que inclui latas, garrafas e garrafas PET e até vasos sanitários.
O que fazer?
Para começar cada um deve fazer a sua parte em fiscalizar o local onde mora, avaliando onde tem água parada, os especialistas chamam a atenção para as responsabilidades individuais no combate às doenças provocadas pelo Aedes Aegypti. Entre as recomendações básicas estão:
– Evitar qualquer reservatório de água parada sem proteção em casa, já que o mosquito pode usar como criadouros grandes espaços, como caixas d’água e piscinas abertas, até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de planta;
– Limpar quintais e varandas, com especial atenção para depósitos, calhas e objetos que ficam ao relento e podem acumular água da chuva;
– Instalar telas em portas e janelas ou usar repelentes na pele.
Por fim, é importante ficar atento aos sintomas da dengue, como febre, cansaço, vermelhidão em partes do corpo, coceira e dores na cabeça, nos músculos, nas articulações ou atrás dos olhos.
Após o diagnóstico da doença, a recomendação é fazer repouso, reforçar a hidratação e, se necessário, usar remédios que aliviam alguns desses incômodos, sob orientação médica. Informações G1 Bahia e Ascom municipal.
Foto: Reprdoução/EPTV