Em decisão publicada nesta quinta (11), tribunal autoriza o ingresso de advogados a partir de 16 de novembro
Cerca de um mês depois de a OAB da Bahia acionar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) publicou um ato normativo em que determina o retorno presencial de suas atividades. A OAB-BA, o CFOAB e mais 12 seccionais protocolaram ofício junto ao CNJ, no dia 19 de outubro, requerendo o retorno das atividades presenciais em seus tribunais.
Na decisão, publicada nesta quinta (11), o TJBA autoriza, já a partir de 16 de novembro, o ingresso de advogados, partes, membros do Ministério Público, defensores públicos e estagiários, independentemente de agendamento prévio, às dependências do Poder Judiciário do Estado da Bahia, durante o horário de expediente, mediante a exibição do comprovante de vacinação contra a COVID-19.
Ainda na decisão, o tribunal determina que a vacinação a ser comprovada corresponda ao esquema vacinal completo e que o ingresso de pessoas com contraindicação da vacina contra a COVID-19 seja feito mediante apresentação de relatório médico, justificando o óbice à imunização.
Para o presidente da OAB da Bahia, Fabrício Castro, a retomada do TJBA, após um ano e oito meses de paralisação, é uma “conquista que merece ser celebrada por toda a classe”. “Desde março de 2020, enfrentamos uma crise sanitária, econômica e social sem precedentes na nossa história. A advocacia sofreu muito ao longo desse tempo com os fóruns fechados e com a falta de atendimento por parte dos magistrados”, disse.
O presidente destacou, ainda, que, desde o início da pandemia, a retomada do Judiciário tornou-se ponto permanente de pauta nas sessões do Conselho Pleno da OAB. “A Procuradoria Jurídica da Seccional, inclusive, atuou diversas vezes para garantir plenas condições de trabalho para advocacia. Diversas medidas foram adotadas em prol da retomada e para viabilizar o atendimento por magistrados”, salientou.
“Quem precisa de justiça não pode esperar”
Além do ofício protocolado no mês passado, outras ações da Seccional também pleitearam o retorno do Judiciário no TJBA e CNJ. Conforme lembrou a procuradora-geral da Seccional, Mariana Oliveira, além da interlocução política com a mesa diretora do tribunal e da remessa do ofícios requerendo o retorno imediato de todas as atividades presenciais, a OAB-BA ajuizou uma série de pedidos de Providências no Conselho Nacional de Justiça, pedindo o retorno das atividades e a melhoria no atendimento.
“A Procuradoria Jurídica e de Prerrogativas da OAB da Bahia solicitou, inclusive, uma correição junto ao CNJ para que o tribunal implementasse mecanismos para permitir o agendamento direto, público e transparente do atendimento por videoconferência entre os magistrados e os advogados”, pontuou.
Mariana também ressaltou que a OAB-BA criou a campanha “Quem precisa de justiça não pode esperar”, em defesa da retomada das atividades do tribunal. Entre as conquistas obtidas pela Seccional, a procuradora destacou a implantação do Balcão Virtual e da Central de Angendamento.
“Também conseguimos, por meio de audiência de conciliação com o tribunal, a divulgação de relatórios mensais de produtividade, o restabelecimento de prazos de processos físicos e ingresso da advocacia nos prédios dos fóruns, mediante agendamento”, informou.
Informações OAB/BA