Projeto inovador permite higienizar objetos em larga escala, eliminando cópias do coronavírus, com 99,99% de eficácia, em 15 segundos
Um grupo de pesquisadores do Instituto Federal da Bahia (Ifba) criou um equipamento que permite higienizar objetos em larga escala, capaz de eliminar as inúmeras cópias do vírus Sars-Cov-2, causador da Covid-19. Chamada Torre de Esterilização, o protótipo, que realiza a limpeza com luz UV fragmentada, traz módulos individuais de esterilização, que são facilmente acoplados entre si e ampliam, significativamente, a capacidade de higienização de objetos.
À frente do trabalho, o pesquisador Antônio Gabriel explica que cada módulo da torre garante o comprimento de onda, tempo de exposição e distância de aplicação adequados para a esterilização desejada. “A Torre também elimina todos os pontos de sombreamento, o que garante uma esterilização integral do objeto higienizado”, disse Antônio, ao ressaltar que o equipamento possui eficácia de 99,99%, precisando somente de 15 segundos para eliminar não só o corona, mas também outros vírus, como do tipo Influenza (H1N1), além de bactérias, fungos, entre outros. “Ou seja, conseguimos eliminar as principais formas de transmissão de doenças através de objetos”.
Além disso, Antônio ressalta que o aparelho é ideal para a higienização de objetos que possuem manuseio constante, como celulares, carteiras, etc, bem como equipamentos de proteção individual e demais objetos de manuseio utilizados em áreas de manipulação, como laboratórios. “Nossa torre será capaz de esterilizar qualquer objeto com dimensões de até 30 cm de altura, 30 de comprimento e 25 de profundidade”. Segundo o pesquisador, a iniciativa surgiu de uma ideia da empresa Print Dreams 3D, de Campinas, em São Paulo, que, em parceria com a empresa Podoshop, entrou em contato com o Polo de Inovação Salvador, localizado no Parque Tecnológico da Bahia, enquanto unidade Embrapii especializada na área de Tecnologias em Saúde, para criação do equipamento.
O projeto já possui o protótipo final concluído, no qual passou por testes de laboratório na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e foi encaminhado para a empresa, a fim de que sejam providenciados os ajustes finais para fabricação e comercialização. Antônio conta que a comercialização está prevista para 2022. “Este equipamento pode representar uma garantia de higienização rápida e segura dos objetos, o que reduz, significativamente, o risco de contaminações pelos mais diferentes tipos de microrganismos. Na atualidade, a Covid-19 é a principal ameaça, mas este equipamento é eficaz contra diversos tipos de fontes de contaminação, o que traz uma proteção permanente na prevenção à disseminação de doenças contagiosas”.